Se não bastassem tais mudanças, em Abril acabou, depois de muitos vai-e-vem, meu namoro de quase 3 anos e meio. A primeira e única namorada que tive.
É, nossa história começou em 2007, através de amigos em comum, quando estávamos no 3º colegial. Passamos na Faculdade juntas, depois de um ano de cursinho. Eu, na USP, ela, na Unicamp. Também nos assumimos para nossos pais graças ao nosso relacionamento.
Agora, imaginem a barra que foi, principalmente relacionada aos pais dela. Fomos proibidas de nos ver. Mas, como devem deduzir, dá-se um jeito para tudo. Oficialmente, não nos víamos, a não ser às escondidas.
Moramos perto uma da outra, até que a Faculdade (em Campinas) mudou tudo. Assim que soube da aprovação dela no interior, muitos me disseram: Vish, relacionamento à distância não dá certo e blábláblá. Se eu absorvi isso? não. Eu sempre acreditei em nós, naquilo que cultivamos ao longo do tempo e que tal distância seria facilmente suportada devido a internet, telefone, sms e o principal: nossa confiança.
No primeiro ano, algumas brigas, dramas de mulher. O problema é que eu sempre acreditei que, com o passar do tempo, ela adquiriria maior indepedência dentro de casa quanto a poder sair sem ter que lançar um edital para os pais e verificar a aprovação - coisa que nunca precisei fazer. Eu esperei. Esperei... ZzzzZzz...
Nos separamos. Eu fiquei com outra menina depois de terminado o namoro. Ela também. Mas existia um sentimento maior que, apesar de não conseguir encarar 100% esses terceiros, ainda nos movia para ficarmos juntas.
Mais brigas, mais chances, vai e vem, mesmas coisas. Enfim, em Abril/2011 foi a última vez que nos vimos, que ficamos. Não dava mais. Aquela independência que eu tanto queria que ela tivesse, ela só tinha em Campinas. Era muito custoso conquistar a mesma coisa aqui em São Paulo, junto aos pais. Pelo jeito, o sentimento já não valia tanto a pena. Eu terminei... Pensei que ficaria bem. A princípio, sim, foi um alívio. Mas o tempo que ficamos juntas foi muito e com muitas novidades em nossas vidas, o que me marcou bastante.
Da última vez que conversei com ela e tive uma certa recaída, ela estava há 2 meses ficando com uma garota que ela já conhecia quando estávamos juntas. A little bit stranger.
E hoje?
Hoje ela está namorando com essa garota. Eu continuo solteira. Tal notícia dilacerou meu coração. Pra mim, isso foi rápido. Ela, que sempre foi tão intensa nas juras de amor... dizia que só conseguiria se envolver comigo e isso e aquilo. Eu era menos dramática quanto a isso e o que temos? Eu sei que não conseguirei namorar com ninguém tão cedo. Me soa hipócrita falar novamente, para outra pessoa, as mesmas coisas bonitinhas que eu disse para ela.
Me questiono se, quando ela pega na mão da atual dela, ela não se lembra da frase que me dizia: sua mãozinha se encaixa perfeitamente na minha. Eu não conseguiria lidar tão indiferentemente com essas lembranças.
Agora, prefiro não ter notícias dela e nem que ela ligue aqui em casa para ver se todo mundo está bem - e eu disse isso a ela. Não quero me lembrar mais. Tudo que remeter a este meu passado, eu quero enterrar. O problema é que não é tão simples. Por mais que eu pense: o tempo passou, as coisas mudaram. Por mais que eu crie teorias como: vida amorosa é como vida profissional. Se você cair fora, logo menos outra estará em seu lugar e ouvirá as mesmas promessas, ainda assim é difícil.
É, 2011 tem sido um turbilhão.
.Rubis.
Bien...
ResponderExcluirJá é sabido por ai que Giane passou por situações similares e blablablá.
Giane e o resto do mundo.
E todos esses já tiveram essa impressão horrível da hipocrisia das pessoas.
Pense você que comigo não foram alguns meses... foram alguns dias. Enfim.
Conversamos sobre traumas.
É incrível perceber que carregamos isso por um bom tempo em nossas vidas e que sabemos que estamos sujeitos a passar por isso novamente e o quanto deixamos de arriscar em função disso.
Até que ponto isso vai nos afastar da situação? Até que ponto vamos considerar que todas as pessoas são iguais e que todas podem nos causar a mesma dor?
É claro que todas as pessoas são iguais. Ou não!?
Não. Todas as pessoas são diferentes. Apesar disso, quase inevitavelmente acontecerá novamente... assim que nossa guarda estiver baixa. Ou não, não acontecerá, já que não baixamos. Mas o que aconteceu conosco por não ter baixado? Qual o reflexo disso?
Não vamos deixar mais a felicidade que alguém pode nos ajudar a sentir entrar em nós por medo?
Até quando não enfrentaremos esse medo? Até quando fugiremos?
Até quando correremos, evitaremos as coisas que nos fazem sofrer?
Penso termos algumas alternativas. Uma é fugir por um tempo, até ficarmos fortes para enfrentar o que tememos e depois voltar, de peito aberto na direção dos canhões.
Outra possibilidade é nos tornarmos independentes afetivamente.
Há muito o que dissertar a respeito das possibilidades, dos poréns, sobre relacionamentos, experiências e tudo o mais. Mas vamos deixar isso para um momento mais propício.
Minha intenção aqui não foi esclarecer, mas apenas conversar. Ainda faltam conceitos e reflexões para tomar partido dessa situação e formar uma opinião.
Uma última consideração: o tempo resolve tudo. Vamos cultivar nossa paciência. Tudo tem momento certo para acontecer. Esperemos nosso tempo. Eu e você #TakeThisAdvice.