domingo, 28 de agosto de 2011

As causas da mudança (parte III)

Se não bastassem tais mudanças, em Abril acabou, depois de muitos vai-e-vem, meu namoro de quase 3 anos e meio. A primeira e única namorada que tive.
É, nossa história começou em 2007, através de amigos em comum, quando estávamos no 3º colegial. Passamos na Faculdade juntas, depois de um ano de cursinho. Eu, na USP, ela, na Unicamp. Também nos assumimos para nossos pais graças ao nosso relacionamento.

Agora, imaginem a barra que foi, principalmente relacionada aos pais dela. Fomos proibidas de nos ver. Mas, como devem deduzir, dá-se um jeito para tudo. Oficialmente, não nos víamos, a não ser às escondidas.

Moramos perto uma da outra, até que a Faculdade (em Campinas) mudou tudo. Assim que soube da aprovação dela no interior, muitos me disseram: Vish, relacionamento à distância não dá certo e blábláblá. Se eu absorvi isso? não. Eu sempre acreditei em nós, naquilo que cultivamos ao longo do tempo e que tal distância seria facilmente suportada devido a internet, telefone, sms e o principal: nossa confiança.

No primeiro ano, algumas brigas, dramas de mulher. O problema é que eu sempre acreditei que, com o passar do tempo, ela adquiriria maior indepedência dentro de casa quanto a poder sair sem ter que lançar um edital para os pais e verificar a aprovação - coisa que nunca precisei fazer. Eu esperei. Esperei... ZzzzZzz...

Nos separamos. Eu fiquei com outra menina depois de terminado o namoro. Ela também. Mas existia um sentimento maior que, apesar de não conseguir encarar 100% esses terceiros, ainda nos movia para ficarmos juntas.

Mais brigas, mais chances, vai e vem, mesmas coisas. Enfim, em Abril/2011 foi a última vez que nos vimos, que ficamos. Não dava mais. Aquela independência que eu tanto queria que ela tivesse, ela só tinha em Campinas. Era muito custoso conquistar a mesma coisa aqui em São Paulo, junto aos pais. Pelo jeito, o sentimento já não valia tanto a pena. Eu terminei... Pensei que ficaria bem. A princípio, sim, foi um alívio. Mas o tempo que ficamos juntas foi muito e com muitas novidades em nossas vidas, o que me marcou bastante.

Da última vez que conversei com ela e tive uma certa recaída, ela estava há 2 meses ficando com uma garota que ela já conhecia quando estávamos juntas. A little bit stranger.

E hoje?
Hoje ela está namorando com essa garota. Eu continuo solteira. Tal notícia dilacerou meu coração. Pra mim, isso foi rápido. Ela, que sempre foi tão intensa nas juras de amor... dizia que só conseguiria se envolver comigo e isso e aquilo. Eu era menos dramática quanto a isso e o que temos? Eu sei que não conseguirei namorar com ninguém tão cedo. Me soa hipócrita falar novamente, para outra pessoa, as mesmas coisas bonitinhas que eu disse para ela.
Me questiono se, quando ela pega na mão da atual dela, ela não se lembra da frase que me dizia: sua mãozinha se encaixa perfeitamente na minha. Eu não conseguiria lidar tão indiferentemente com essas lembranças.

Agora, prefiro não ter notícias dela e nem que ela ligue aqui em casa para ver se todo mundo está bem - e eu disse isso a ela. Não quero me lembrar mais. Tudo que remeter a este meu passado, eu quero enterrar. O problema é que não é tão simples. Por mais que eu pense: o tempo passou, as coisas mudaram. Por mais que eu crie teorias como: vida amorosa é como vida profissional. Se você cair fora, logo menos outra estará em seu lugar e ouvirá as mesmas promessas, ainda assim é difícil.

É, 2011 tem sido um turbilhão.


.Rubis.

As causas da mudança (parte II)

Como me referi anteriormente, em 2011 minha vida também mudou devido ao fato de eu começar a estagiar e depois, trabalhar CLT; e também por causa do término de um relacionamento de quase 3 anos e meio.

Passsar a ter meu próprio dinheiro, ainda que pouco, muda bastante coisa. Na verdade, muda mais o fato de ter que aprender a ter reais responsabilidades. O que não posso reclamar é de meu ambiente de trabalho. Pessoas simpáticas, eficientes e sem querer passar por cima de ninguem. Cinco meses de estágio e eis que minha chefe me vem com a proposta de ser efetivada; Eu topei, mesmo tendo em vista as dificuldades de tempo. Da zona sul para a zona leste em 1h30 é praticamente impossível. Mas vamos ver onde isso vai desaguar.
Acontece que meu tempo para exercitar minha vida social é somente aos finais de semana. Trabalho - Faculdade - Casa (de segunda a sexta).

Logo eu que sempre fui tão empolgada para sair com amigos... Não que eu tenha deixado de sair, mas o cansaço , muitas vezes, toma conta de mim. Já não tenho mais o mesmo pique de antes. Durmo em qualquer lugar que eu encosto.


.Rubis.


segunda-feira, 18 de julho de 2011

As causas da mudança (parte I)

Como disse, 2011 tem sido um ano bem complicado para mim. Minha vida ia de vento em polpa quando, no Carnaval, véspera de meu aniversário, perdi meu pai. E eu só ia completar 20 anos. Tanta coisa mudou... Perdi a fé na vida, não sabia qual era o sentido de levantar da cama. Me questionei quanto a valer ou não a pena ser uma pessoa correta. Pensei em desistir de tudo. Pensei que nunca mais poderia enxergar o prazer de viver.

Porém, graças à minha família e amigos, eu me recuperei. Não explicitei tanto para a maioria das pessoas o meu sofrimento. Foi um processo razoavelmente lento de retorno a mim mesma.

Aos poucos, fui aceitando tal perda. Alguns dizem: "há males que vem para o bem" - talvez essa seja a única explicação mesmo. Toda tristeza traz algum aprendizado e até hoje tenho me empenhado para tirar uma lição disso.

Me comovo toda vez que vejo um senhorzinho japonês. Era para ele estar aqui... estar aqui vendo a filha caçula ser efetivada no estágio, presenciar minha formatura daqui 2 anos, ver a Nadine conquistar um emprego melhor, e em breve, entrar com a Maidê na igreja.

Ouvindo "One last breath" - Creed

.Rubis.

O início

Há tempos eu queria ter um blog. Na verdade, eu tive um quando estava na 8ª série (2004), no qual escrevia sobre o meu dia-a-dia e conflitos da adolescência. Mas ele era muito kids e o tempo passa..

Agora, o que me instigou a criar um novo blog foram os acontecimentos em minha vida, principalmente neste ano de 2011. Três fatos mudaram minha vida: falecimento de meu pai, trabalho e o término de um relacionamento. A gota d'agua que me renovou? Uma simples conversa com um desconhecido no Anhangabaú.

Eu diria que passei por momentos difíceis e posso fazer referência à música de uma banda que descobri recentemente, através de minha irmã. Chama-se Foster the People e a música a que me refiro é "Helena Beat".


"Sometimes life it takes you by the hand.
It puts you down before you know it (...)

Yeah yeah and it's okay.
I tie my hands up to a chair so I don't fall that way.
Yeah yeah and I'm alright.
I took a sip of something poison but I'll hold on tight."


.Rubis.